O sol de Roma despontava entre os prédios antigos quando Lucia Mancini fechou a porta da suíte. A vitória da noite anterior ainda pairava no ar como perfume caro: discreta, elegante, mas não menos poderosa.
Ela havia tomado a narrativa. Vencido o medo. E silenciado um inimigo com a verdade.
Mas ela sabia. Ainda não era o fim.
Sentada no sofá, Serena passava os olhos em relatórios de segurança.
— Recebemos um alerta anônimo — disse, sem levantar os olhos. — Informando movimentação incomum perto da fronteira da Suíça. Alguns nomes associados ao clã Rossi foram vistos por lá.
Lucia suspirou, sentando ao lado dela.
— Eles não vão parar.
— Não — Serena concordou. — E você sabe disso. O que me preocupa… é o que eles podem fazer quando percebem que não podem mais vencer pelo discurso.
Lucia olhou nos olhos dela, devagar.
— Você está falando de mim?
— Estou falando de mim.
Houve um silêncio que pesou mais do que qualquer palavra. Serena, sempre firme, pela primeira vez parecia carregada por u