Sofia dormia no banco de trás.
Lucia a observava pelo retrovisor.
O rosto sereno, como se todos os anos de dor estivessem, finalmente, adormecidos.
Serena e Asha esperavam do lado de fora da FONTE, em silêncio.
Quando Lucia saiu do carro, ambas correram em sua direção.
— Ela está bem? — perguntou Serena, baixinho.
— Está.
Machucada, mas viva.
Como todas nós.
Elas se abraçaram em silêncio.
Quando Sofia desceu do carro, o mundo pareceu segurar o fôlego.
As meninas mais novas a olharam com curiosidade.
Algumas lembravam dela. Outras, apenas haviam ouvido falar.
Mas ali, no portão da FONTE, a história se reconectava.
—
Lucia levou Sofia para o andar superior, o mesmo onde ficavam os dormitórios mais seguros.
Aquele espaço era novo. Reconstruído.
Com janelas grandes, prateleiras de livros, luz natural.
Sofia andava devagar, como se cada passo fosse um teste de confiança.
— Aqui é seguro? — ela perguntou, baixinho.
— Agora é — Lucia respondeu.
— E vai continuar sendo.
Porque você voltou.
—