A cidade eterna parecia respirar história em cada esquina, como se os séculos ecoassem nas fachadas antigas e nas ruas de paralelepípedo. Roma recebia a comitiva da Casa Mancini com olhos atentos — e ouvidos ainda mais ávidos.
Lucia desembarcou como uma rainha. Nada de luxo excessivo. Seu poder estava na firmeza do andar, no olhar que não baixava. Ao seu lado, Serena, Adriana e Matteo formavam o escudo invisível que a cercava, ainda que todos soubessem: no fim, Lucia enfrentaria isso sozinha.
O antigo teatro escolhido por Domenico para sua audiência pública era uma construção semicircular, restaurada após décadas abandonada. Irônico que ele escolhesse aquele lugar — ali fora selado o primeiro pacto entre as grandes Casas do Sul, há mais de oitenta anos.
E agora, seria palco de um novo embate. De palavras afiadas. De verdades perigosas.
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Na manhã da audiência, Lucia foi chamada para uma reunião privada com representantes de três Casas neutras: Alighieri, Ventura e Sforza. Clãs antigos