De volta à FONTE, a tensão era visível no ar.
O pendrive de Leonel estava sobre a mesa.
Fechado.
Selado com um símbolo que só poderia ser dele:
a letra L, gravada como uma cicatriz digital.
Lucia hesitou por longos segundos antes de inserir o dispositivo.
— Estão prontas? — ela perguntou.
Adriana assentiu.
Serena se posicionou perto da rede segura.
E Sofia… sentou ao lado da irmã de coração, mãos entrelaçadas, coração disparado.
—
A tela acendeu.
Um único arquivo de vídeo.
Nome: "VERITÀ_17."
Lucia clicou.
A gravação começou.
—
Leonel aparece na tela.
Mais jovem.
Gravando num quarto com paredes de metal e som abafado.
“Se você está vendo isso… então eu já fui longe demais.
Talvez esteja morto.
Talvez esteja rindo da sua cara.”
Ele sorri de lado.
“Mas há uma verdade que ninguém contou.
E ela começa muito antes de Sofia.
Começa com Lucia.”
Corta para imagens antigas.
Arquivos digitalizados.
Documentos com marcas de censura.
Fichas com selos da ALVA de 2008.
Voz de Leonel continua:
“Lucia