Lucia observava o mural improvisado no quarto.
Fotos, documentos, fitas, cartas.
Cada fragmento da sua história dissecado.
E no centro, colado com fita preta, o nome: AMARA.
Serena cruzou os braços.
— E se você estiver errada?
— Sobre ela?
— Sobre tudo.
Lucia virou-se.
Havia algo novo no olhar: firmeza que não pedia aprovação.
— Se eu estiver errada… vou errar por escolha.
E consertar com coragem.
Adriana entrou no quarto com passos acelerados.
— Interceptamos uma nova mensagem.
Codificada.
Mas temos a chave.
— De quem?
— Amara.
Para alguém chamado Lúcio.
Serena congelou.
— Eu conheço esse nome.
Lucia ergueu o olhar.
— Quem é?
— Um antigo aliado de Cesare.
Foi banido da família quando recusou se ajoelhar.
— E agora voltou?
— Por Amara.
Ou por vingança.
—
Amara, do outro lado da mansão, caminhava por um corredor lateral.
Parou diante de um painel antigo e o deslizou com destreza.
Atrás, um cofre embutido.
Digitou o código: 1-9-9-7.
Ano em que nasceu.
Ou foi forjada.
Dentro, havia apena