O convite chegou em um envelope cor de sangue.
Selado com o brasão dos di Ravello.
Uma rosa negra envolta em chamas.
"Jantar.
Hoje.
Sem armas.
Apenas verdades.
— G."
Dante rasgou o envelope assim que viu.
— Nem pense nisso.
— Já pensei.
— Isso é suicídio, Serena.
Ela quer te atrair pra algum lugar onde você esteja vulnerável.
— Não.
Ela quer me ver.
Quer medir minha força.
— Ou quebrar sua confiança.
— Já tentaram. Ainda estou aqui.
—
Vittoria bateu na porta do escritório.
— Recebeu também?
— Ela chamou você?
— Chamou todos que ameaçam o império dela.
Mas só você aceitou.
— Vai comigo?
— Não.
Ela deixou claro: "trégua entre rainhas."
Homens fora da mesa.
— Poético.
— Ou mortal.
—
Às oito da noite, entrei no carro.
Sozinha.
Vestido vinho, salto firme, um colar com uma pequena adaga escondida entre os seios.
Porque "sem armas" nunca significou sem intenções.
—
O restaurante escolhido ficava na zona antiga de Roma.
Subsolo, luzes vermelhas, velas, e apenas uma mesa posta no centro.
Giuli