A passagem secreta cheirava a terra úmida e mofo. Cada passo que eu dava sob o solo era um afastamento do confronto com Dante, da pasta marrom que agora estava escondida sob uma tábua solta no meu quarto, longe dos olhos curiosos. A verdade sobre Ryan Carter poderia esperar. Eu precisava… processar. Precisava me recompor.
Empurrei o alçapão que levava ao porão da Casa do Lago com um gemido suave. A Luz do luar foi um alívio após a escuridão absoluta do túnel. Subi os degraus de pedra, meus músculos ainda doloridos do trabalho com a lenha, minha mente um redemoinho. E então, quase tropecei nele. Leo estava sentado no último degrau da escada que levava ao andar superior, encostado na parede, a cabeça caída sobre o peito. Respirando profundamente, em um sono pesado. Era meia-noite. Uma onda de algo quente e desconfortável percorreu-me. Ele parecia tão jovem assim, tão vulnerável. As longas madeixas cast