Os dias que se seguiram ao confronto com Dante foram um paradoxo. Por um lado, a ameaça pairando sobre nós como um odor pesado no ar. Por outro, um propósito renovado. Elysa, movendo-se com uma determinação silenciosa que era ao mesmo tempo assustadora e admirável, havia nos mostrado o caminho.
Não era um caminho no sentido metafórico. Era um túnel úmido e baixo, escondido atrás de uma estante falsa na adega, que serpenteava por sob a floresta por talvez um quilômetro, terminando em uma alçapão escondido sob um tapete gasto. Do outro lado, a Casa do Lago. Abandonada era um eufemismo. O lugar era uma cápsula do tempo empoeirada, cheia de móveis cobertos por lençóis brancos e o cheiro acre de mofo e solidão. Mas era enorme. Doze quartos, um salão de baile com um lustre coberto de teias de aranha, uma biblioteca com estantes vazias. Um lugar que gritava por vida. Foi o que fizemos. Silas mudou-se permanentemente, sumindo do radar de Dante. N