A marca e o julgamento

Isadora não conseguia respirar.

A sala parecia menor, o ar mais denso. Cael estava parado à frente dela, os punhos cerrados, os olhos fixos em algo no ombro nu dela. Ele não falava. Nem se movia. Apenas olhava.

Ela tentou tocar o próprio ombro, mas ele segurou sua mão com firmeza, quase com fúria.

— Desde quando você tem isso?

— O quê?

— A marca, Isadora.

Ela franziu a testa, confusa.

— Que marca?

Ele deu um passo para o lado, puxando-a com delicadeza forçada até o espelho da sala. Virou o corpo dela e mostrou. Um desenho antigo, circular, gravado na pele como uma cicatriz que nunca sarou. Parecia algo entre um sigilo e uma serpente alada envolvendo uma chama.

— Isso apareceu agora? — ela perguntou, assustada.

Cael recuou. Estava diferente. O calor em seus olhos tinha virado gelo.

— Não. Isso não aparece. Isso é selado.

— Eu não sei do que você está falando!

Os irmãos dele ainda estavam ali, silenciosos, observando o colapso acontecer.

— Você não entende — disse Thoren, com a voz pesa
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