marcas na carne, sombras na alma.
A floresta sussurrava como uma velha fofoqueira.
Selena sentia os sussurros escorrendo pela nuca enquanto atravessava o bosque denso.
O ritual com Rurik deixara marcas.
Não visíveis, mas táteis.
Como mãos que deslizavam sob a pele dela a cada passo.
Ela precisava de distância.
Espaço para pensar.
Respirar.
Mentira.
Precisava dele.
Do toque. Do cheiro. Da presença que acendia algo proibido entre as pernas e na alma.
Mas pensar era mais seguro do que sentir.
Ela chegou ao círculo das bruxas pouco antes do crepúsculo.
O ar ali era diferente — carregado de ervas, sangue seco e velhas promessas.
As irmãs do coven estavam reunidas, mas não a receberam com o mesmo silêncio cúmplice de antes.
Os olhos…
Estavam duros. Frios. Carregados de algo que beirava traição.
A Suma, vestida de negro da cabeça aos pés, foi a primeira a falar.
— Está marcada, Selena.
Não era uma pergunta.
— Eu sei.
— E aceitou?
Selena ergueu o queixo.
— Ainda não.
— Mas pensa nisso.
Ela manteve o silêncio.
O suficiente par