A floresta estava úmida, sufocante.Selena atravessava o mato fechado como uma lâmina — silenciosa, letal.Seus pés descalços mal tocavam o chão. O símbolo na costela queimava, guiando-a como um cão enfeitiçado.Ela detestava aquilo.Detestava não ter controle.E então, no claro à frente, ela o viu.Nu.Ajoelhado.Banhado pela luz pálida da lua.O cheiro chegou antes — terra, suor e algo cru, animal.Ele não parecia notar sua presença, mas o corpo dele estava tenso, como se esperasse um ataque.Perfeito.Ela ergueu a mão, conjurando uma centelha entre os dedos, pronta para atacar.— Vai me atacar pelas costas, bruxa?A voz era grave. Cheia de desprezo.Ele se virou devagar, os olhos dourados cravados nela.Selena não moveu um músculo.— Não achei que lobos soubessem falar — retrucou. — Pensei que só soubessem morder.— E bruxas só sabem amaldiçoar e fugir. Estamos bem empatados.Primeiro sangue.Ele se ergueu. Nu, sem vergonha. Dominante.Ela manteve o olhar no rosto dele.Jamais dari
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