A floresta estava viva.
E vigiava.
Selena não sabia dizer se era o Conselho, a alcateia… ou ele.
Mas algo a seguia.
E cada passo adiante parecia levá-la direto para o abismo onde sua vontade seria testada — e possivelmente destruída.
Rurik.
O nome ecoava dentro dela, mesmo quando os lábios não ousavam dizê-lo.
Desde o ritual fracassado, o vínculo só se intensificava.
Ela sentia o calor dele quando fechava os olhos.
Sentia o cheiro — selvagem, metálico, viril.
Sentia… fome.
Não era amor.
Nem carinho.
Era selvageria pura.
Desejo cru.
Animal.
Obsceno.
---
Na fronteira da floresta, Rurik estava em posição.
Nu, os pés firmes no solo, os músculos tensos como cordas prestes a romper.
Ele sabia.
Sentia.
Ela estava perto.
O vínculo cantava em seu sangue.
Mas não era só isso.
Havia algo mais.
Um feitiço antigo começando a se formar no ar — um laço não apenas de desejo, mas de domínio.
A bruxa estava tentando controlar a própria natureza.
E falhando.
Ele farejou o ar.
Ela estava a menos de cem m