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Capítulo 4 – O Filho do Destino

O tempo passou como um sussurro do vento.

Os primeiros meses de casamento não foram fáceis para Aurora. Damon ainda era distante, frio, e evitava qualquer proximidade emocional com ela. Ele a tratava com respeito, mas não havia amor em seu olhar. Mesmo assim, Aurora manteve-se firme, pois acreditava que um dia ele entenderia que estavam destinados um ao outro.

E então, uma manhã, tudo mudou.

Aurora sentiu algo diferente. Seu corpo estava mais quente do que o normal, e havia uma energia vibrante pulsando dentro dela. Um brilho, um calor, uma força que ela nunca havia experimentado antes.

Foi então que ela percebeu.

Ela estava grávida.

O coração de Aurora acelerou, e um sorriso imenso se formou em seus lábios. Um filho. O filho do Alpha. O herdeiro da alcateia.

Sem hesitar, ela correu para encontrar Damon.

O sol já estava alto quando ela o encontrou perto do salão principal da aldeia, cercado por outros lobos guerreiros. Ele estava sério, como sempre, discutindo alguma estratégia. Mas ao vê-la se aproximar com aquele brilho nos olhos, ele franziu a testa.

— Aurora? O que foi?

Ela parou diante dele, com as mãos no ventre e os olhos brilhando.

— Eu… eu tenho algo para te contar.

Os outros lobos pararam de falar, atentos à sua excitação.

— Estou esperando um filho, Damon.

Um silêncio tomou conta do lugar. O olhar de Damon ficou fixo nela, como se não tivesse certeza se tinha ouvido direito.

— O quê?

— Estou grávida! Nós vamos ter um filho!

O silêncio durou apenas um segundo antes de ser quebrado por um rugido coletivo de comemoração. Os lobos uivaram, batendo nos ombros de Damon em celebração. A notícia se espalhou pela aldeia em um piscar de olhos, e logo todos estavam celebrando a chegada do herdeiro do Alpha.

Damon, no entanto, permaneceu imóvel, apenas encarando Aurora.

Ela não se importou com a frieza dele naquele momento. Era o dia mais feliz de sua vida.

Mas alguém não compartilhava daquela felicidade.

Agnes.

A porta da cabana se abriu com violência, e Agnes entrou com os olhos faiscando de fúria.

— NÃO! — Ela gritou, sua respiração acelerada. — Isso não pode estar acontecendo!

A alegria de Aurora foi interrompida. Ela olhou para a irmã, confusa.

— Agnes… o que está acontecendo?

Agnes não respondeu. Apenas virou as costas e saiu correndo.

Aurora hesitou por um momento, mas seu instinto a fez segui-la.

Ela a encontrou na casa de sua mãe.

— Mãe! — Aurora entrou com um sorriso nos lábios. — Você não vai acreditar! Estou esperando um bebê!

A mãe delas arregalou os olhos e, por um instante, ficou em choque antes de soltar uma risada emocionada e abraçá-la.

— Minha filha! — Ela tocou o ventre de Aurora com carinho. — O herdeiro do Alpha… que benção!

Mas o momento foi arruinado quando Agnes deu um passo para frente, seus olhos carregados de ódio.

— Esse filho tem que morrer.

O sorriso de Aurora desapareceu no mesmo instante.

— O quê? — Ela deu um passo para trás, como se não tivesse ouvido direito.

— Você está louca? — A mãe delas olhou para Agnes com incredulidade.

— Esse filho não pode nascer! — Agnes gritou, sua voz tremendo de raiva. — Esse bebê é a prova viva de que a Lua me traiu!

Aurora olhou para a irmã com horror.

— Agnes… do que você está falando?

— Eu deveria estar no seu lugar! — Agnes cuspiu as palavras, seus olhos brilhando com uma fúria insana. — Damon me escolheu primeiro! Ele me amava! Ele e eu já tínhamos um relacionamento há tempos! Só estávamos esperando a Lua nos unir! Mas a maldita Lua escolheu você!

Aurora sentiu o chão sumir sob seus pés.

— Você… você tinha um caso com Damon?

Sua mãe ficou pálida, olhando para Agnes como se nunca a tivesse visto antes.

— Você se envolveu com o Alpha da aldeia mesmo sabendo que ele teria uma Luna escolhida? — Sua voz estava tomada por decepção.

Agnes apertou os punhos.

— Eu nunca acreditei nessas superstições idiotas! Eu e Damon estaríamos juntos se não fosse essa maldita tradição!

A mãe delas respirou fundo antes de dar um tapa forte no rosto de Agnes.

O som ecoou pela cabana.

— Você vai se colocar no seu lugar! — A voz da mãe delas saiu firme, cheia de autoridade. — Aurora foi escolhida para guiar essa aldeia! Ela é a única Luna que teremos!

Agnes segurou o rosto, os olhos brilhando com ódio e humilhação.

— Eu nunca vou aceitar isso.

Ela se virou e saiu correndo da cabana, deixando um silêncio pesado para trás.

Aurora ficou parada, sentindo seu coração martelar contra o peito. Nunca imaginou que sua própria irmã seria sua maior inimiga.

Sua mãe segurou suas mãos e olhou em seus olhos.

— Você precisa tomar cuidado.

— Mãe…

— Agnes está cega pelo ódio. E uma mulher com raiva pode ser perigosa. Mas uma mulher com um lobo… pode ser mortal.

Aurora respirou fundo, tentando processar tudo.

— Eu nunca quis isso, mãe.

A mulher acariciou seu rosto.

— Não se pode discutir com as escolhas da Lua. Agnes terá que aceitar isso… ou enfrentará as consequências.

Aurora olhou para a porta por onde a irmã havia saído.

Algo dentro dela dizia que Agnes jamais aceitaria.

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