O silêncio pós-batalha era tão ensurdecedor quanto o próprio combate. A clareira, ainda tingida de sangue e fuligem, parecia respirar junto com os lobos que restaram em pé. Aurora observava os corpos sendo recolhidos com um aperto no peito. Cada perda era uma cicatriz nova. Cada ferido, uma dívida com a Lua.
O filho dormia em segurança na cabana dos anciãos, guardado por guerreiros leais e pelos encantamentos do círculo lunar. O pequeno corpo ainda exalava um brilho tênue. A energia da Lua ainda o envolvia, mesmo adormecido.
Aurora caminhava entre os destroços com os pés descalços. Sentia o chão falar com ela. O sussurro dos mortos. As raízes feridas da floresta. A mágoa da terra profanada pelo sangue do Alfa Exilado.
Kael a encontrou na beira do rio, onde lavava os braços ainda sujos de batalha.
Kael: "Ele foi destruído, mas não vencido. O corpo caiu. A alma dele... não descansará tão fácil."
Aurora: (olhos fixos na correnteza) "Eu sei. A Lua disse que a guerra não acabou. Que o verd