Capítulo 39 — Apolo

A chuva caía como se o céu também tivesse desabado.

Grossa, incessante, fria.

Cada gota parecia ecoar o que ele sentia — uma confissão que o mundo inteiro já sabia.

Apolo caminhou sem rumo pela calçada, o terno pesando nos ombros, o ar rasgando o peito.

As palavras dela ainda vibravam dentro dele, como lâminas presas entre os ossos.

“Por que agora, Apolo? Por que sempre quando eu tento seguir?”

Porque ele nunca soube deixá-la ir.

Nunca soube viver em paz sem o som da voz dela dentro da cabeça.

Entrou no carro sem pensar.

Ligou o motor, mas não conseguiu dirigir.

As mãos tremiam sobre o volante. O espelho devolveu o reflexo de um homem que ele mal reconhecia — olhos vermelhos, mandíbula trincada, o peso de todas as escolhas erradas estampado na pele.

Brenda.

O nome queimava.

Ele ainda sentia o perfume dela misturado ao da chuva, e isso o fazia querer socar o próprio peito.

Ela havia aparecido de repente naquela noite, no escritório, sorrindo como quem sabia exatamente onde acertar.

Dis
Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP