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Capítulo 47 — O que ainda resiste

O sol nascia devagar sobre Lisboa, tingindo o Tejo de um dourado tímido.

As gaivotas riscavam o céu em voos preguiçosos, e o ar ainda carregava o frio da madrugada.

Luiza observava o movimento da rua pela janela da pequena cozinha.

A chaleira chiava no fogão.

O cheiro do chá se espalhava, familiar, reconfortante — como um ritual de sobrevivência.

Mas aquela manhã não era como as outras.

Ela não dormira.

A mensagem de Apolo permanecia aberta no celular, o nome dele ali, mudo, como uma ferida que reabre sozinha.

“Estarei em Lisboa amanhã.”

Ela relia as palavras pela enésima vez, tentando decidir o que doía mais — a lembrança ou a esperança.

A mãe havia saído cedo, deixando sobre a mesa um bilhete simples: "Se for encontrá-lo, leve casaco. O vento muda depressa."

Luiza riu baixo, entre o afeto e o desespero.

Nem a mãe sabia mais o que aconselhar.

Talvez ninguém soubesse.

O relógio marcava nove e vinte quando ela saiu.

O ar frio cortou o rosto, e o céu ainda estava meio nublado, como se L
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