Zurique.
Penthouse.
07h12 da manhã.
O som do helicóptero já era só um eco distante.
Dante… foi.
Com Leon. Com Nicolas. Com Sophie. Com Ivan.
E levou metade do inferno na mala.
Valentina, de pé no meio da sala, segurando a Glock como se segurasse um segredo pesado demais pra alguém como ela.
Mas ela não era “alguém como ela”.
Ela era Valentina.
Ou melhor… Helena.
E ela sabia que a guerra não era só lá fora.
— Amor… você tá pálida. — Victor surge. De robe. De chinelo da Dior. Máscara de ouro no rosto. Taça de champanhe numa mão e uma água de coco na outra. — Quer uma glicose? Uma água benta? Uma marreta?
Valentina respira fundo.
O estômago revira.
Mas não é nervoso.
Ou é?
Leva a mão à boca.
Franze a testa.
— Ai, meu Deus… — solta, correndo pro banheiro.
⸻
Som de vômito.
Seco.
Violento.
Victor vai atrás.
Segura o cabelo dela.
— AMIGA?! TÁ PASSANDO MAL?! FOI O SUSHI DE ONTEM? O ESTRESSE? OU FOI… — arregala os olhos. — NÃO ME DIZ QUE FOI O MOREAU?!
Ela se levanta.
Enxuga a boca.
Respira pe