đ„ CapĂtulo 36 â Ela Ri, Ele Observa, E O Mundo NĂŁo Faz Ideia Do Que TĂĄ Rolando
O som do salão é uma mistura de jazz ao vivo, risadas falsas, brindes que custam mais que carros e fofocas que poderiam quebrar impérios.
Valentina segura uma taça de champanhe.
Senta numa poltrona dourada, perna cruzada, fenda subindo mais do que a etiqueta permite â e exatamente o quanto ela quer.
Ao lado dela⊠Victor.
No modo: âGay bilionĂĄrio em tour mundial de confusĂŁo e deboche.â
â Amor, aquele ali me olhou trĂȘs vezes. Ă milionĂĄrio, nĂ©? Porque eu nĂŁo sento de graça nem em banco de praça. â Victor aponta com o queixo pra um herdeiro russo, loiro, com cara de quem nunca lavou uma cueca na vida.
Valentina ri, joga a cabeça pra trås.
O cabelo vinho desliza nas costas nuas como uma provocação.
â Amor⊠aquele nĂŁo sabe nem colocar o cartĂŁo no caixa eletrĂŽnico sem errar a senha. Vai dar trabalho.
Victor gira a taça.
â Trabalho, meu bem, eu jĂĄ tenho te carregando emocionalmente. Mas pelo menos aqui⊠o salĂĄrio Ă© em euros, libras e orgasmos patrocinados.
Eles gargalham.
E o salĂŁo percebe.
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