đ„ CapĂtulo 35 â Ela Anda Como Se NĂŁo Tivesse Acabado de Ser PossuĂda⊠Mas Foi
Valentina ajeita o vestido.
Puxa a fenda pra disfarçar as pernas que ainda tremem.
Se olha de canto no vidro da varanda.
Espelho suficiente pra saber:
O cabelo tĂĄ alinhado.
O batom, milagrosamente intacto.
MasâŠ
Os olhos⊠entregam.
Os olhos gritam:
âEssa mulher acabou de ser comida com domĂnio, Ăłdio e desejo⊠tudo junto e sem censura.â
Ela respira fundo.
Puxa o ar.
Puxa o controle.
Puxa a persona.
A acompanhante de luxo. A mulher que nĂŁo se abala. A deusa de salto.
Empina o queixo.
Abre a porta da varanda.
Entra.
E anda como se tivesse acabado de receber um contrato de sete dĂgitos.
O salĂŁo percebe.
Todo salĂŁo percebe.
A energia dela chega antes.
Chega antes do perfume.
Chega antes do passo.
Chega como um tapa de sedução e arrogùncia.
â Olha sĂł quem voltou do campo de batalha. â a voz vem do lado.
Victor.
Taça de espumante na mão.
Ăculos escuros no rosto (sim, Ă noite, dentro do salĂŁo. Porque ele pode.)
E uma cara de quem viu tudo, mesmo sem ver nada.
â Amor⊠se tu nĂŁo engravidou com a