A floresta parecia segurar a respiração. O ar estava denso, carregado de eletricidade e expectativa. Lia caminhava entre as árvores, sentindo a pulsação do chão sob seus pés — como se a própria terra sussurrasse presságios.
Na clareira sagrada, os anciãos haviam reunido velhos mapas, registros e fragmentos do que restava das lendas Nocturnis. A cada símbolo decifrado, uma nova camada de medo se revelava. Segundo os registros de Alina, havia apenas uma entrada conhecida para a cripta onde o selo da Lua Sombria havia sido firmado — o chamado “Abismo da Raiz”.
— Um lugar onde a lua não toca — disse Miriam, examinando os pergaminhos. — Nem vida, nem morte prosperam ali. Apenas o vazio.
— E é lá que Ajax pretende romper o selo? — perguntou Etan.
— Sim — disse Lia. — E se conseguir, não enfrentaremos apenas lobos corrompidos. Mas criaturas nascidas de sombras.
O silêncio que se seguiu foi cortado por Lissa:
— Então vamos impedi-lo. Antes que ele tenha chance de terminar o ritual.
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Naquel