A luz que emitiu do selo restaurado ainda reverberava nos olhos de Lia. O brilho permanecia gravado em sua pele, como se a própria Lua — não a sombria, mas a ancestral — a tivesse marcado. Etan a amparava nos braços, sussurrando palavras que mal entendia, misto de alívio, medo e puro amor.
Os outros guerreiros se aproximavam, silenciosos. Miriam trazia o corpo de Jonas nos ombros — caído em combate, mas com o semblante em paz. Lissa segurava um estandarte da matilha, sujo de sangue e poeira, mas ainda de pé. E todos olhavam para Lia como se estivessem diante de algo novo. Algo maior.
Ela abriu os olhos, e o silêncio foi rompido:
— Voltemos pra casa.
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O retorno foi lento. Muitos feridos, alguns marcados além da carne. Mas ninguém questionava mais a liderança de Lia. A jovem loba, antes vista como rebelde, agora era reverenciada. Não apenas por ter enfrentado Ajax, mas por ter mantido a alma intacta quando a escuridão tentou corrompê-la.
Quando chegaram à vila, os anciãos esperavam à