A paz em Silvermoor era um sopro novo, um perfume adormecido que enfim voltava a dançar com o vento. Após semanas de tensão, luto e escuridão, a vila que antes vivia sob as garras da tradição começava a respirar sob novos acordes.
Lia Ashford era agora Alfa proclamada — não por herança, mas por escolha, por mérito, por coragem. Etan Kingsley, o cantor de olhos castanhos e alma lírica, fora reconhecido como Consorte Guardião, um título que jamais existira entre os Lycans até aquele momento. Juntos, eles haviam reescrito mais do que as regras: reescreveram a própria canção da lua.
Mas o mundo não se cala apenas porque uma nota foi cantada.
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Dias após o retorno da Árvore do Lamento, visões começaram a se manifestar em alguns membros dos clãs. Sonhos com florestas que não pertenciam à terra deles, luas duplas no céu, e uma voz infantil cantando algo em uma língua esquecida.
Selene foi a primeira a perceber.
— A Árvore não era um fim — disse ela. — Era um portal.
Lia ouviu aquilo com at