A Humana Destinada ao Rei Lycan

A Humana Destinada ao Rei LycanPT

Lobisomem
Última actualización: 2025-11-18
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Resumen
Índice

Tristan Blackwood governou impérios, reinos e matilhas. Viu civilizações nascerem e caírem, enfrentou guerras, traições e séculos de solidão — mas nada jamais doeu tanto quanto perder sua companheira. Há trezentos anos, ela morreu em seus braços ao protegê-lo de uma emboscada, deixando-o com uma cicatriz que atravessa o tempo. Desde então, Tristan carrega uma maldição silenciosa: ela sempre retorna — e sempre morre antes de ele alcançá-la. Seis vidas. Seis mortes. Seis reencontros interrompidos. Agora, no século XXI, vivendo sob a identidade de Alessandro Moretti, um bilionário recluso em Roma, ele a encontra pela sétima vez. Mas há um problema que jamais enfrentou: a nova encarnação dela nasceu humana. Yara, decids ir para à Itália buscando apenas seu mestrado e um recomeço longe de um passado de traições. Ela não acredita mais em amores épicos — muito menos em almas destinadas. Mas o destino insiste. Por um erro da companhia aérea, Yara é colocada na primeira classe do voo para Roma — exatamente de frente para Tristan. O Rei Lycan sente o vínculo de alma incendiar de imediato. Ela sente… nada. Apenas um incômodo inexplicável, como se os olhos dele mexessem em algo escondido dentro dela. Derik, seu Beta e melhor amigo, adverte: se a memória da alma não despertar logo, o vínculo se romperá — e Yara poderá morrer de novo. Enquanto Tristan tenta se aproximar sem assustá-la, inimigos antigos percebem que a verdadeira Luna voltou. Forças sombrias, que prosperaram durante séculos com sua ausência, começam a se mover. Agora o coração humano de Yara resiste… e o mundo sobrenatural inteiro ameaça ruir. Ela descobrirá quem é antes que o destino a leve pela sétima vez? Ou Tristan será condenado a vê-la morrer de novo?

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Capítulo 1

PRÓLOGO

POV TRISTAN

-- há 300 anos --

Algumas memórias o tempo tenta apagar. Outras se recusam a morrer.

Cassiopeia sempre foi uma delas.

Ainda me lembro da luz acariciando seus cabelos cor de trigo maduro, a profundidade das florestas em seus olhos verdes — eram coisas que nenhuma era, nenhuma morte ou reino perdido seria capaz de arrancar de mim. Seu olhar era o único lugar onde meu espírito encontrava repouso.

Naquela época, há trezentos anos, eu não era Alessandro Moretti.

Eu era Tristan Blackwood, Rei dos Lycans.

E ela… ela era minha rainha. Minha Luna. Minha consorte.

A guerreira que fazia um exército ajoelhar-se e meu coração perder o compasso.

A revivo agora, na memória que nunca cicatrizou, caminhando ao meu lado na clareira da fronteira. Seus passos eram firmes, calculados, como sempre. Cassiopeia nascera para comandar. Seu corpo alto e forte era talhado por anos de combate; sua postura, um equilíbrio perfeito entre disciplina e uma leveza selvagem. Ela era tudo o que uma rainha Lycan deveria ser.

E tudo o que eu, em meu íntimo, sabia não merecer.

A reunião com os líderes vampiros e bruxos deveria ser um tratado de paz. Eu acreditava nisso com uma teimosia cega, movido pelo desejo de lhe oferecer um futuro livre de guerras eternas.

Ela discordava.

Cassiopeia sempre enxergava o que eu me recusava a ver.

— Tristan — sua voz era um sussurro tenso enquanto nossos guardas se espalhavam pela clareira. — Algo está errado. Não sinto verdade nestas intenções.

Parei, observando o tremor sutil em seus dedos — não de medo, mas de pura antecipação. Seu instinto era mais afiado que o de qualquer um de minha linhagem.

— Estamos protegidos — tentei acalmá-la, tocando seu ombro. — Nossos homens estão ao redor. E não ousariam uma emboscada durante um tratado de paz.

Ela ergueu o queixo, fitando-me com aqueles olhos que sempre enxergaram a alma que eu tentava esconder.

— Exatamente por isso — respondeu. — É o momento perfeito.

O ar mudou antes que eu pudesse responder.

Um silêncio abrupto, pesado, sufocante.

Meu lobo rosnou dentro de mim.

E então, o inferno desabou.

Flechas mergulharam na clareira como uma chuva envenenada. Vampiros irromperam das sombras com velocidade desumana. Bruxas, escondidas entre as árvores antigas, ergueram mãos carregadas de energia negra.

Cassiopeia reagiu antes de mim — como sempre.

Agarrou meu braço e puxou-me para trás, desviando de uma flecha que teria atravessado meu coração. Seu grunhido ecoou, feroz, enquanto seus olhos brilhavam com o verde de seu lobo.

— Eu disse que era uma armadilha! — rosnou.

Liberei meu rugido de comando, fazendo o chão tremer. Nossos guerreiros lançaram-se à batalha, mas já estávamos cercados.

Um vampiro saltou em minha direção. Cassiopeia interceptou-o, girando em um movimento ao mesmo tempo elegante e mortal. Sua lâmina cortou o ar, limpa e precisa. O vampiro caiu decapitado antes mesmo de tocar o solo.

Ela era arte na guerra.

O tipo de arte que os próprios deuses invejariam.

Mas então, senti.

O cheiro.

O som.

O grito.

Uma lança de prata negra voou de trás das árvores.

Não houve tempo para me virar. Nem para bloquear.

Cassiopeia jogou-se à minha frente.

O impacto ecoou como um trovão.

A arma trespassou seu corpo, perfurando-a logo abaixo das costelas, rasgando carne, sangue e espírito. O odor da prata queimou-me as narinas, um golpe físico só de estar perto.

— Cassiopeia! — O urro que escapou de mim já não era humano.

Segurei-a enquanto ela caía, seus cabelos dourados espalhando-se como um halo manchado de terra e sangue. Ela tentou respirar, mas o ar vinha em soluços fracos, cada um mais curto que o anterior.

— Você… precisa… viver — sussurrou, tentando segurar a lança para impedir que a arrancasse. — O reino… precisa de você…

— Eu preciso de *você* — respondi, todo o meu corpo tremendo. — Não faça isso comigo. Não outra vez. Nunca outra vez.

Ela sorriu, e a visão daquele sorriso quebrado, mas ainda forte, ainda *dela*, arranhou-me a alma.

— Eu nasci para te proteger — seus olhos verdes brilhavam, desfocados. — E vou sempre voltar para você.

Um feixe de luz púrpura explodiu ao nosso lado.

Uma bruxa anciã, coberta de tatuagens arcanas, aproximou-se com passos lentos.

Meus guardas cercaram-na, mas ela ergueu a mão — e eles congelaram, como se o tempo lhes tivesse sido arrancado.

Rugi para ela.

— Se tocar nela, destruirei seu clã até a última gota de sangue—

— Não vim para matá-la — a bruxa respondeu, com uma voz que parecia arrastar séculos. — Vim para salvá-la.

Cassiopeia tentou falar, mas seu corpo já não respondia. O cheiro da prata corroendo seu sangue encheu-me de um desespero cego.

— O que está fazendo? — rosnei.

— A única coisa possível — murmurou, aproximando-se e tocando a testa de Cassiopeia com dois dedos finos. — Sua Luna carrega uma alma antiga. Única. Não pode morrer assim. Não agora. Não para sempre.

Luzes verde e dourada expandiram-se do seu toque, envolvendo o corpo de Cassiopeia como teias de energia vital.

— Ela viverá — a bruxa continuou — mas não neste corpo. Não nesta vida. E sempre que retornar, será a mesma: bela, forte, sua verdadeira rainha.

Apertei Cassiopeia contra meu peito.

— Então salve-a. Cure-a. Eu… eu dou qualquer coisa.

Ela balançou a cabeça.

— Há um preço.

— Eu pago.

A bruxa fitou-me com olhos tão antigos quanto as raízes do mundo.

— Ela renascerá. Sempre. Mas se não se lembrar de quem é até a idade em que morreu hoje… a morte a levará novamente. E novamente. Sempre na mesma idade. Sempre da mesma forma. Até que reencontre seu nome, sua alma e… você.

Senti o chão desaparecer sob meus pés.

— Está nos amaldiçoando — disse, a voz irreconhecível. — Está condenando nós dois.

— Ou lhes dando outra chance — sussurrou. — Se o amor de vocês é tão eterno quanto dizem… encontrarão o caminho.

A luz envolveu Cassiopeia por completo.

Gritei.

Lutei.

Implorei.

Mas ela se foi.

E o mundo perdeu a cor, o som e o sentido.

A única coisa que restou foi a promessa dela, ecoando no vazio:

“Vou sempre voltar para você.”

E a certeza brutal que me rasgou o peito:

Na próxima vida, ela não se lembrará de mim.

E eu terei que encontrá-la…

e perdê-la…

quantas vezes o destino exigir.

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