A floresta não dormia mais.
Após a noite em que Etan cantou para Elahra e Lia pronunciou seu nome, algo despertou no mundo. Não só entre os Lycans, mas nas entranhas da terra, nos rios, nas nuvens. A lua, ainda com vestígios do vermelho da noite anterior, oscilava no céu como um coração ferido, batendo ao ritmo de uma canção que ninguém mais sabia cantar completamente.
Lia sabia que haviam mexido em algo antigo demais, poderoso demais, e agora não havia como recuar.
Os anciãos estavam divididos: alguns queriam fugir, outros desejavam lutar. Mas uma pequena parte, os mais antigos e mais silenciosos, estavam apenas... ouvindo. Esperando.
Naquela manhã, Etan acordou com febre.
— Está quente demais — disse ele, suando. — Como se... algo estivesse me chamando.
Miriam examinou seu pulso e viu as veias pulsando em tons escuros.
— Elahra deixou uma marca — sussurrou. — Você se tornou um eco da canção dela. Ela te aceitou como intérprete. Mas isso tem um preço.
Lia, sentada ao lado, segurava s