89. Celebração silenciosa
O apartamento de Rafael era iluminado por luzes baixas e discretas, que contrastavam com a grandiosidade do edifício. Do lado de fora, a cidade fervilhava com seus ruídos noturnos, buzinas espaçadas, vozes perdidas na calçada. Mas ali dentro, havia uma bolha de silêncio confortável.
Isabela sentou-se à mesa de madeira clara, observando os detalhes ao redor. O ambiente não era exatamente o que ela imaginava para um CEO. Sem ostentação, sem quadros assinados nem esculturas de gosto duvidoso. Apenas estantes de livros, uma cafeteira italiana no canto da bancada e dois copos de vinho tinto já servidos.
Ele surgiu da cozinha carregando uma travessa simples de massa fresca com molho de cogumelos.
— Não sei cozinhar muita coisa, mas isso eu aprendi com minha avó. Prometo que é honesto.
Ela sorriu, cruzando os braços na mesa.
— Se for tão bom quanto seu talento para aprovar planilhas, já fico satisfeita.
— Olha… não sei se isso foi um elogio.
— Foi sim. E meio flerte também. — Ela pisc