88. Carta de Mariana
O envelope pardo chegou com os outros papéis deixados sobre sua mesa pela recepcionista. Isabela notou o nome escrito à mão com letra familiar, num traço que carregava entusiasmo, mesmo em traços apressados: “Para Belinha – com orgulho.”
Ela sorriu antes mesmo de abrir.
Mariana não era de escrever cartas longas. Mas quando o fazia, havia uma alma por trás das palavras. Isabela sentou-se devagar, afastou o notebook e abriu o envelope com delicadeza. De dentro, caiu uma folha cuidadosamente dobrada e um pequeno panfleto colorido com o logo do jornal universitário.
A carta dizia:
Mana,
Você não vai acreditar, mas… sim, consegui. Depois de meses tentando convencer o pessoal do Centro Acadêmico, topei o desafio de montar uma coluna fixa sobre Iniciativas Cidadãs e Projetos de Impacto.
E sabe o que foi minha primeira pauta? Adivinha? VOCÊ.
Falei do projeto interno na Constellation, do jeito como ele foi costurado por você desde os bastidores. Sem forçar heroísmo, mas mostrando como u