Capítulo 36 – Ecos da Madrugada

O som abafado da música ainda ecoava nos meus ouvidos quando o carro estacionou em frente ao meu prédio. Minhas pernas estavam levemente doloridas, os pés imploravam por alívio, e o vestido justo já me parecia uma armadura apertada demais para o avançar da madrugada.

Desci com a elegância de quem aprendeu a não demonstrar cansaço, mesmo quando ele lateja sob a pele.

Assim que entrei em casa, encarei meu reflexo no espelho de aço escovado no hall de entrada. Cabelos levemente bagunçados, o batom havia desaparecido, mas os olhos… ah, os olhos ainda carregavam aquele brilho intenso de quem viveu mais do que apenas uma noite fora. Eu tinha dançado, rido, me permitido sentir como há tempos não fazia.

Mas havia algo mais. Algo que não se esgotara na pista de dança.

Deixei o vestido escorregar pelos ombros, deixando-o cair como uma pétala no encosto do sofá. Vesti um robe de seda preto e caminhei até a cozinha. Abri a adega embutida, peguei uma garrafa de vinho tinto e me servi. Ao voltar pa
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