O portão da mansão D’Ambrosio abriu antes mesmo que eu reduzisse a velocidade. Dois seguranças armados me aguardavam na entrada, e o brilho frio das lanternas refletia nos uniformes impecáveis. Assim que atravessei o pátio, percebi que havia movimento demais para aquela hora da noite. Carros estacionados de forma apressada, portas abertas, vozes rápidas trocando informações a casa parecia um centro de comando.
Quando estacionei, Eleonora já estava na porta. Ela vestia um robe de seda preta sobre um vestido, o cabelo preso de forma apressada. Não havia maquiagem, mas seus olhos estavam afiados como lâminas.
— Entre — disse ela, sem preâmbulos.
O hall principal estava tomado por homens e mulheres que claramente não faziam parte da equipe doméstica habitual. Computadores portáteis abertos sobre a mesa de jantar, mapas digitais projetados na parede, conversas em voz baixa sobre coordenadas e tempo de deslocamento.
— O que aconteceu? — Eleonora me encarou, cruzando os braços.
Soltei o ar l