O toque dos lábios de Dante nos meus foi, ao mesmo tempo, delicado e devastador. Não era um beijo apressado ou urgente era lento, calculado, como se ele estivesse saboreando cada segundo antes da explosão inevitável.
Suas mãos tocaram meu rosto com reverência, os dedos roçando minha pele com a precisão de um artista. Quando ele aprofundou o beijo, senti seu peito contra o meu firme, quente, pulsante. Era como se seu coração batesse no mesmo ritmo do meu.
Minhas mãos se moveram até sua nuca, puxando-o para mais perto. Eu queria mais. Queria tudo. A lógica, a cautela, a frieza que me protegiam durante o dia derretiam como cera sob a intensidade daquele momento.
Dante me encostou na parede ao lado do piano, com a destreza de quem desejava há tempo demais. O beijo evoluiu feroz, molhado, quase possessivo. Ele pressionava o corpo contra o meu como se o espaço entre nós fosse uma ofensa.
— Você tem ideia do que está fazendo comigo? — sussurrou contra minha boca, a respiração entrecortada.
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