Por dias, o silêncio reinou na mansão como um luto não declarado. Lorenzo havia sido exilado. Eu mesma assinei essa sentença, e mesmo sabendo que era necessário, a decisão queimava como brasas em minha pele.

Fontes seguras de Dante, diziam que os Ferretti recuaram. Que a resposta firme dos Montanari, minha firmeza, havia surpreendido até mesmo os mais antigos aliados. Uma mulher grávida, recém-casada, colocando um traidor para fora como se ele nunca tivesse pertencido ao clã. Aquilo causava medo. E respeito.

Uma bandeira branca foi estendida, aparentemente pelos Ferretti. Pelo menos por agora, mas até quando não sabíamos. Dante manteria informantes e qualquer movimentação suspeita seria avisado de imediato.

Segundo os conselheiros, eu havia provado minha lealdade. Mas no fundo, no escuro da minha alma, onde as vozes são mais altas, eu me perguntava, será que fiz certo exilando Lorenzo?

Notando minhas questões internas, Dante e Elena que estavam se