A estratégia que Isla escreveu estava sobre a mesa de Ezra. Dois dias se passaram desde que suas palavras, frias e precisas, se tornaram o plano oficial da Atlas para aniquilar o processo de Kai.
Ela não havia dormido. A culpa era um ácido queimando seu estômago. Mas algo mais perturbador a mantinha acordada: a antecipação. A espera pela reação de Ezra. Pela aprovação.
Quando ele a chamou ao seu escritório no fim da tarde, o sol já estava baixo, tingindo o mármore de laranja.
Ele não estava atrás da mesa. Estava de pé, de costas para ela, olhando a cidade. Em suas mãos, folheava o relatório dela.
“Você escreve com clareza,” disse ele, sem se virar. A voz era pensativa. “E com uma certa… frieza necessária. Ponto 4, sobre isolar a figura do autor da ação e atacar sua credibilidade. É incisivo.”
Isla ficou parada no meio do escritório. Ela deveria se sentir orgulhosa? No lugar do orgulho, havia apenas um vazio pesado. Ela havia desenhado a jaula onde Kai seria colocado.
“Funcionará?” ela