Fragmentos Do Prazer

Fragmentos Do PrazerPT

Romance
Última atualização: 2025-07-18
Kaily   Atualizado agora
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Índice

Amélia Lorren tem 27 anos, foi criada com amor por pais adotivos e leva uma vida discreta, longe de grandes emoções — até conseguir uma vaga em uma das empresas mais poderosas do país. Ela esperava desafios. Só não esperava Dante Alveron. CEO da companhia, primogênito de uma fortuna bilionária e dono de um magnetismo perigoso, Dante é o tipo de homem que comanda tudo — inclusive o ar ao redor. Um breve encontro entre eles é suficiente para acender algo que Amélia não sabe nomear. Tensão. Desejo. Medo ou tudo ao mesmo tempo.

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Capítulo 1

Capítulo 1 – Queda Livre

Acordei atrasada, derrubei café na blusa, quase perdi o ônibus e, pra fechar com chave de ouro, meu salto quebrou no meio do caminho. Isso tudo antes das 8 da manhã.

Primeiro dia de trabalho na Alveron Group: ✓

Estava suando, nervosa, e tentando parecer minimamente profissional quando entrei naquele prédio gigante. Tudo era tão ... brilhante. Elegante. Frio. Gente bonita, engravatada, andando com pressa como se salvassem o mundo em cada reunião. E eu ali, segurando uma pastinha de onboarding e alguns relatórios impressos que me pediram pra entregar na recepção.

A moça do RH me recebeu com um sorriso automático e me indicou a direção do elevador.

– Você vai para o sexto andar, área de Projetos Estratégicos.

– Certo, obrigada.

– Ah, e evite o sétimo andar.

– Oi?

Ela só sorriu.

– Piada interna.

Sério, o que tem nesse maldito sétimo andar?

Suspirei e entrei no elevador, completamente vazia de autoconfiança e cheia de papéis escorregando das mãos. Apertei o botão do sexto andar e me encostei na parede, tentando não parecer uma aberração estagiária nervosa.

As portas estavam quase fechando quando alguém entrou de repente, como se fosse cena de filme: alto, vestido de preto, perfume caro no ar. E então eu o vi.

Meu cérebro literalmente travou.

O homem era absurdo. Moreno, pele dourada, olhos absurdamente azuis, não azuis comuns, azuis tipo oceano profundo em um dia de tempestade. Terno impecável. Rosto marcado, queixo forte, olhar perigoso.

Ele olhou pra mim como quem examina. Não de forma grosseira. Era pior. Era intensa.

E foi nesse exato momento que eu deixei os papéis escorregarem.

Literalmente, tudo caiu no chão. Relatórios, pastas, meu crachá, minha dignidade. Os papéis se espalharam aos pés dele e eu quis desaparecer. Evaporar. Virar pó.

– Merda – sussurrei, abaixando imediatamente.

Tentei juntar tudo apressada, esbarrando nas pernas dele no processo. Sim, encostei sem querer na calça social dele, com minha mão, e olhei pra cima, como se pedir desculpa resolvesse alguma coisa.

Ele só arqueou uma sobrancelha.

– Primeiro dia?

A voz dele era baixa. Grave. Meio irônica.

– É. Tá óbvio?

– Levemente.

Levemente, ele disse. Com aquele olhar que parecia ver através da minha roupa, da minha pele, da minha alma.

Abaixou-se também, pegou dois papéis e me entregou.

– Nervosa?

– Um pouco – respondi, tentando rir. Soou como um guincho.

O elevador parou. As portas se abriram no sexto andar.

– Seu andar – ele disse, sem sair.

– Você não vai?

– Não. Eu sou o sétimo.

Arrepio instantâneo.

– Claro que é – murmurei, mais pra mim do que pra ele.

Ele deu meio sorriso. Aqueles olhos azuis me encarando como se tivesse lido cada pensamento idiota que eu tinha tido nos últimos segundos.

– Bem-vinda, Srta. Lorren.

– Como sabe meu nome?

Ele não respondeu. Só deixou as portas se fecharem enquanto eu ainda encarava o espaço onde ele estava.

Eu podia jurar que ele disse meu nome com gosto.

---

Duas horas depois, ainda tentando não morrer de vergonha, fui chamada por uma assistente para “uma conversa rápida com o CEO”.

– Ele... quer me ver?

– Sim. É normal com novos integrantes da equipe estratégica.

A palavra normal não combinava nem um pouco com aquele homem.

Fui conduzida até o sétimo andar — sim, o sétimo andar — e o lugar parecia um universo à parte. Silencioso, elegante, intimidante. Tapetes escuros, arte moderna, cheiro de madeira cara e café importado.

A assistente abriu a porta de uma sala imensa.

Ele estava lá.

Dante Alveron. Em pé, olhando por uma janela panorâmica, com uma mão no bolso e outra segurando um copo de vidro com algum líquido âmbar. Quando virou, meu estômago caiu de novo.

– Srta. Lorren – ele disse, como se o nome ainda tivesse o mesmo gosto de antes.

– Senhor Alveron – respondi, tentando parecer segura. Era um teatro patético.

– Gostei da sua ficha.

– Obrigada.

– Não pelo currículo. Pela reação no elevador. Gosto de gente que não tenta parecer perfeita.

Não soube se era elogio, ameaça, ou um teste estranho.

– Quero que fique de olho em um projeto novo. Diretamente com minha equipe.

Eu engoli em seco.

– Está preparada?

– Eu... estou disposta a aprender.

– Ótimo – ele disse, com um sorriso lento. – Disposição é mais útil que certezas.

E antes que eu pudesse pensar em mais alguma resposta inteligente, ele já estava novamente de costas, olhando pela janela como se já tivesse esquecido de mim.

Mas eu não esqueci dele, nem por um segundo.

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Capítulo 1 – Queda Livre
Capítulo 2 – O Jogo Começa
Capítulo 3 – Silêncio Cortante
Capítulo 4 – Ele Sabe
Capítulo 5 – Cores e Confissões
Capítulo 6 – Linho e Olhares que Queimam
Capítulo 7 – Romance
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