Fascinação proibida - A filha da Máfia
Fascinação proibida - A filha da Máfia
Por: Nikka fuza
prólogo

1934

A ansiedade me invadiu ao ver o ônibus que partiria em direção à Palm Springs parado aguardando por seus passageiros a poucos metros de onde eu estava. Se tudo desse certo, em breve eu embarcaria rumo a uma nova etapa de minha vida. Respirei fundo na tentativa de me acalmar enquanto ajustava as luvas negras que cobriam minhas mãos. Apanhei um cigarro em minha bolsa, desejando ter uma piteira à disposição. Mas em breve eu teria dinheiro para tudo isso.

— Bom dia, Senhorita — um homem de meia idade sentou-se ao meu lado, apanhando seu isqueiro para acender o cigarro que tinha acabado de prender em meus lábios.

— Bom dia, Senhor — suspirei após soltar a fumaça da primeira tragada.

— Está um belo dia hoje, não? — ele comentou despreocupado, fazendo-me finalmente olhar em sua direção. Ele devia ser uns trinta anos mais velho do que os meus vinte e três anos, mas eu não tinha certeza. Seus cabelos desbotados e o bigode combinando transformavam o seu olhar sobre ela em uma expressão vulgar. Mas o que eu poderia fazer? Aquele homem tinha o meu futuro em suas mãos. Literalmente.

— O senhor trouxe? — questionei sem rodeios.

— Eu fico feliz que tenha aceitado a minha proposta, minha querida — ele sorriu ainda me avaliando — foi a decisão mais acertada que você poderia ter tomado.

Revirei os olhos, mordendo o interior de minhas bochechas para não ser atrevida com aquele homem. Por sorte, seria por pouco tempo.

— Você e meu filho... Nunca dariam certo, entende? — ele prosseguiu colocando uma maleta sobre as pernas — E de uma forma ou de outra, nós conseguimos nos entender e você conseguiu o que tanto queria.

— Eu não gosto de perder meu tempo, senhor — eu olhei em seus olhos após soltar novamente a fumaça — então, se nós temos um acordo, o senhor pode me entregar a maleta e seguiremos nossas vidas.

O homem me avaliou por um momento, ainda com aquele olhar superior. Se ele pensa que poderá me intimidar, está muito enganado.

— É bom que você cumpra sua parte do acordo, senhorita — ele ergueu as sobrancelhas antes de entregar a maleta.

— Eu cumprirei se aqui tiver os cinco mil dólares que o senhor me prometeu — eu garanti, abrindo uma fresta do zíper, conferindo as notas ali presentes.

— O que você pretende fazer? — ele questionou por fim — Como pretende explicar todo esse dinheiro?

— Serei apenas uma jovem viúva refazendo a vida em outro lugar, senhor — ela garantiu se levantando — não precisa se preocupar, o senhor nunca mais terá notícias minhas.

Ela sentiu seu olhar descer por meu corpo, fazendo com que me sentisse enojada. Apenas mais alguns minutos e tudo isso ficará para trás.

— Eu quero você longe da vida do meu filho, senhorita — ele se levantou também — mas nós dois podemos manter contato. Eu ainda tenho muito o que te oferecer...

— Essa não é a maneira apropriada para se falar com uma jovem e respeitável viúva, senhor — eu enfatizei, o encarando com desprezo.

Ela não estava disposta a descer tão baixo.

— Jovem respeitável, essa foi uma ótima piada, senhorita — ele gargalhou antes de se afastar — até nunca mais.

Eu o observei por alguns segundos antes de seguir em direção ao ônibus. De uma forma ou de outra, eu alcancei o meu objetivo!

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