08. Entre Gritos e Silêncio
Emilly
— Você não vai falar nada? — eu cruzei os braços, mantendo um olhar altivo.
— Falar? Eu não gasto minha saliva com uma criatura tão traiçoeira, vil e egoísta — ela me olhou com desprezo.
Eu respirei fundo, sabendo todo o drama que viria a seguir.
— Você não acha que está exagerando? Eu fui apenas a uma festa que você já tinha permitido que eu fosse.
— Exagerado? Sua menina ingrata! Eu dediquei toda a minha vida a você, Emilly! Toda a minha vida. Abri mão de tudo por você, para no fim, você não ter a mínima consideração pela sua própria mãe! — ela começou a erguer a voz, ameaçando chorar.
Normalmente eu me comoveria com suas palavras, mas tudo o que aconteceu naquela noite e as dúvidas plantadas por Francis estavam dominando minha mente.
E pela primeira vez em minha vida, eu não sentiria culpa, eu não podia confiar em minha mãe.
— É claro que eu tenho consideração por você, você é minha mãe, e eu sempre te respeitei. — tentei trazê-la de volta à razão.
— Me