O céu começava a clarear quando Eduardo entrou novamente no hotel. O silêncio no saguão contrastava com o turbilhão dentro de si. O encontro com o informante o deixara mais inquieto do que gostaria de admitir. Saíra em busca de respostas, mas retornava com mais perguntas do que certezas.
A ameaça era real. E silenciosa. Como um veneno que se espalhava devagar.
Entrou no elevador e apoiou-se contra a parede de metal escovado, os olhos fixos no nada. A imagem de Helena, frágil e abatida, não saía de sua mente. Agora ele sabia: alguém estava por trás daquilo. Não era apenas uma enxurrada de boatos aleatórios. Era um plano.
Quando a porta se abriu no andar do quarto, ele foi recebido por um som suave de vozes. Caminhou até a porta entreaberta e parou. Lá dentro, Clara estava sentada ao lado da cama, falando em voz baixa, segurando a mão de Helena com cuidado.
— ...não precisa dizer nada agora, só respira fundo, tá? Você não está sozinha — murmurava Clara.
Helena estava acordada, com os ol