O clima dentro da sala era pesado, como se o ar tivesse se tornado denso demais para ser respirado. Henrique largou uma pasta grossa sobre a mesa e cruzou os braços, olhando fixamente para Eduardo e Helena.
— Eu precisava que vocês estivessem aqui pessoalmente. — sua voz era firme. — A situação... mudou.
Eduardo franziu o cenho, impaciente. — Mudou como?
Henrique abriu a pasta e empurrou alguns documentos na direção deles. — Marina... ou melhor, Elisabeth, não está sozinha. — fez uma pausa breve. — E vocês não vão acreditar quem está por trás da tentativa de soltá-la.
Helena segurou o fôlego, seu corpo inteiro enrijecendo. — Quem? — sua voz saiu mais fraca do que gostaria.
Henrique respirou fundo antes de responder. — Valentina.
O nome pairou no ar, quebrando qualquer resquício de silêncio.
Eduardo piscou, como se não tivesse entendido de imediato. — O quê? — arregalou os olhos, descrente. — Não... não pode ser. — balançou a cabeça, quase rindo de nervoso. — Isso não faz sentido. Vale