A manhã amanheceu cinzenta, e o céu carregado parecia refletir o clima pesado que dominava a cidade. No tribunal central, um burburinho crescente anunciava a chegada de um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos. As escadas e corredores estavam repletos de jornalistas, fotógrafos e curiosos, todos ansiosos por acompanhar o desenrolar daquele processo que colocava Elisabeth Marina Tavares, mãe de Helena, atrás das grades.
Helena Vasconcelos chegou acompanhada de Eduardo, com o olhar firme, embora seu coração acelerasse a cada passo que os levava para dentro da sala de audiências. Ao seu lado, Vera e Clara seguiam em silêncio, oferecendo apoio com gestos discretos e olhares calorosos. A tensão era palpável — não só pelo que estava em jogo, mas pela proximidade da inimiga que permanecia do outro lado daquele tribunal.
Do lado oposto da sala, Valentina entrou com a postura altiva de quem não se intimidava diante de nada. O ar de autoconfiança que emanava era cortante, e seu ol