Eduardo precisava agir — e agir rápido.
O relógio ao lado da cama marcava quase três da manhã, mas o sono era um luxo que ele não podia se permitir. O rosto abatido de Helena, o olhar perdido, assombrava seus pensamentos. As palavras cruéis da internet ainda ecoavam em sua mente, como um veneno se espalhando lentamente.
Pegou o celular e discou novamente para Henrique. Dessa vez, sua voz saiu tensa, cortante.
— Henrique, preciso que acelere essa investigação. Não dá mais pra esperar.
A resposta do amigo veio rápida, mas com a calma típica de quem estava acostumado a lidar com situações extremas.
— Estou em cima disso, Eduardo. Mas o que você tem em mente?
Ele se levantou e foi até a janela. As luzes da cidade brilhavam lá fora, distantes, indiferentes. A metrópole seguia em frente enquanto Helena afundava, sozinha, injustiçada.
— Se não descobrirmos logo quem está por trás disso, eu vou confrontar a imprensa. Oficialmente.
Do outro lado, Henrique suspirou, ponderando.
— Você sabe que