Aquele domingo que passamos na casa dos meus pais foi maravilhoso. Uma trégua. Como se o mundo lá fora tivesse tirado um cochilo para que a gente pudesse respirar. Mas ninguém sabia o que estava por vir. Ninguém estava preparado.
Na segunda-feira de manhã, enquanto o sol mal se espreguiçava no céu, a internet foi invadida por uma manchete que fez meu estômago virar: “Assassina dos pais de Soo-ah, do senhor Bong e da mãe de Tae-ho promete se entregar hoje e revelar quem a contratou.”
O celular de Soo-ah caiu das mãos. Ela ficou pálida, como se o pouco chão que ainda restava sob seus pés tivesse desaparecido. A notícia se espalhava como fogo em palha seca, e em poucas horas a televisão, as redes sociais e os sites de notícia só falavam disso.
— Ela vai fazer isso... Ela vai aparecer... — Soo-ah murmurava, andando em círculos pela sala, quase sem ar. — Ela vai dizer que fui eu...
— Calma. — Eu a abracei. — Já acionei nosso advogado. Vamos estar preparados. Vamos desmascará-la.
A tensão t