Dei um suspiro trêmulo com o rosto colado no peito largo e másculo de Eun-woo.
Seu calor me envolvia como um cobertor de segurança em meio à tempestade de dor que vivíamos. O perfume dele, uma mistura de madeira, pele e alguma lembrança boa, invadiu minhas narinas, trazendo conforto e despertando ainda mais meu coração atribulado.
Meu Deus… eu amava tanto aquele homem, que o sentimento me assombrava. Doía. Era um amor que surgira como um sopro, mas que agora era como uma raiz entranhada na alma.
Sem pensar, passei o braço pelo pescoço dele e o beijei.
Senti sua surpresa no começo. Um leve susto nos lábios, como quem é pego de surpresa por algo que desejava secretamente. Mas ele não me afastou. Pelo contrário, correspondeu. Sua boca tomou a minha com vontade, com fome, com entrega. Nossas línguas se buscaram como se já soubessem o caminho uma da outra.
O quarto ficou em silêncio, exceto pelo som da nossa respiração acelerada, dos beijos úmidos e cheios de uma tensão que não era só físi