Assim que os pés de Gael tocaram a calçada colorida do parque, ele disparou na frente, os olhos arregalados, as mãos voando como asas de tanto apontar tudo ao redor. Elize segurou sua mão rapidamente, puxando a criança de volta com um sorriso paciente — o tipo de sorriso que Arthur já começava a perceber que só mães sabiam dar.
— Por onde a gente começa? — perguntou Arthur, já se contagiando com a empolgação do pequeno.
— Eu ouvi xícaras! — Gael respondeu, puxando os dois quase sem fôlego.
Elize riu, olhou para Arthur com uma expressão de “lá vamos nós” e seguiram em direção ao brinquedo.
As xícaras coloridas giravam sem parar. Subiram todos na mesma, e Gael se postou no centro, tentando girar ainda mais rápido o volante. A cada volta mais intensa, Elize era lançada inevitavelmente para o lado — que era justamente onde Arthur estava.
— Isso aqui devia vir com cinto de segurança! — ela gritou, entre gargalhadas.
— Ou pelo menos um aviso: perigo de colisão com advogados charmosos