Depois do fim de semana com Gael, Elize pisou no escritório como quem pisa nas nuvens. Há tempos não se sentia tão leve. A cabeça ainda repassava os momentos do passeio de barco com Arthur e as gargalhadas de Gael, que no domingo já tinha perguntado se o “tio Arthur” ia sair com eles de novo.
Aos poucos, ela se ajeitou na mesa, organizando os papéis e ligando o computador, pronta para dar o pontapé em mais uma semana. Foi quando seus olhos pararam no calendário: em alguns dias, completaria seu primeiro mês no escritório.
Um sorriso escapou. Ela não passou despercebida. Muito pelo contrário. Em quatro semanas, já tinha se envolvido em casos importantes, ajudado Henrique com aquela defesa complicada, e vinha organizando os processos de um jeito que até Glória reconheceu como eficiente. O melhor de tudo era sentir o impacto disso nos estudos: a teoria, agora, parecia muito mais clara. Como se tudo começasse, enfim, a fazer sentido.
Henrique, que vinha chegando pela porta de vidro, notou