O relógio marcava 17h32 quando Elize bateu o ponto e soltou o suspiro mais dramático da semana. A semana que parecia ter durado dois meses finalmente estava acabando. E ela? Ainda de pé, ainda inteira. Quase um milagre.
Glória passou por ela no corredor e disse, com um sorriso cúmplice:
— Você sobreviveu, garota. Sexta é sua.
E Elize decidiu que seria mesmo.
No grupo das meninas da faculdade, ela soltou:
"Se alguém falar 'Netflix e cama', eu bloqueio. Quero barulho."
Em menos de dois minutos, Bianca respondeu com a empolgação de sempre:
"Boteco do Chico. Mesa cativa. Cerveja gelando. Tamo te esperando!"
Lúcia mandou só um sticker de uma mulher dançando com fogo na mão.
Elize passou em casa, trocou a roupa de estagiária por um cropped preto e uma calça jeans rasgada — sem perder a elegância, mas com zero intenção de manter postura de escritório. O cabelo solto, batom vermelho e a marca no pulso bem escondida sob o novo relógio. Era quase uma versão camuflada dela mesma.
Ao chegar no Bo