A quinta-feira parecia prometer um pouco de normalidade. O susto do assalto já tinha sido digerido, a rotina retomava o curso — e Elize fazia questão de manter a pose de que tudo estava sob controle. Estava até sorridente ao atravessar o hall para pegar o elevador até o escritório.
Mas, claro, o destino adora um teatrinho.
A porta do elevador já estava quase fechando quando ela apressou os passos. Só que não foi rápida o suficiente. Suspirou. Ia ter que esperar o próximo.
Até que uma mão firme impediu o fechamento.
A porta reabriu devagar e, do outro lado, o sorriso de canto de Arthur a esperava.
— Seu príncipe encantado te salvou de uma longa espera solitária. Não merece pelo menos um elogio? — disse ele, com a maior cara de pau do mundo.
Elize entrou no elevador rindo, mas pensou, exausta por dentro: não é possível que eu tô sozinha com ele de novo.
— Obrigada, nobre cavaleiro do décimo sexto andar — respondeu, com falsa reverência. — O reino está salvo.
O elevador começou a