Sai do elevador completamente atordoada, com a visão tão embaçada que não consegui encontrar o remédio dentro da bolsa. Encontrei um espaço, onde ficava um jardim de inverno, me agachei e abracei as próprias pernas. Ali, eu já não enxergava mais nada.

- Laura? Laura, você está bem? - Ouvi uma voz abafada ao longe, tentava enxergar mas não conseguia.

- Laura, deixa eu te ajudar… Venha, vamos para outro lugar…

Senti a mão de alguém me suspendendo pelo braço e reconheci a voz.

- Pedro… - Falei quase num sussurro.

- Sou eu Laura. Sou eu, Pedro. Vou te levar a um hospital. - A voz dele parecia ansiosa.

- Não… Não precisa. O remédio… Na minha bolsa…

Pedro parou, pegou a minha bolsa enquanto ainda me segurava e me deu o remédio. Em alguns minutos consegui voltar a consciência e vi que estávamos indo para o estacionamento.

- Pedro, muito obrigada. Eu estou bem agora, vou chamar um táxi. Não se…

- Mas nem se eu estivesse louco iria deixar você assim! - Ele falou meio desesp