O sábado amanheceu nublado, e as primeiras gotas de chuva já avisavam que o céu não pretendia abrir tão cedo. O clima combinava perfeitamente com o que eu estava sentindo — aquela mistura de saudade antecipada e ansiedade pela viagem de Thomas.
Ele arrumava a gravata diante do espelho enquanto eu fechava a minha bolsa na cama.
— Laura, eu ainda não tenho certeza de quando volto, mas prometo falar com você sempre — disse ele, tentando soar tranquilo.
— Eu vou entender se você não conseguir falar comigo. A prioridade é cuidar da sua mãe.
Eu falei firme… mas a pontinha de decepção me traiu antes que eu conseguisse esconder.
Thomas me olhou imediatamente e veio até mim, segurando meu rosto entre as mãos.
— Ei… tá tudo bem. Eu prometo que você não vai estar sozinha, mesmo que eu esteja longe. Você também é minha prioridade.
O beijo que ele deu no canto da minha boca foi tão doce quanto torturante.
— E por você ser minha prioridade — acrescentou, agora com aquele sorriso divertido que apare