Depois que o pessoal foi embora, eu e Louise ficamos arrumando as coisas antes de dormir.
— Então, o que aconteceu com o seu carro? — Eu estava juntando as coisas e resolvi quebrar o silêncio.
— Eu não sei… quando fui sair ele não ligou mais. Deve ser a bateria. — Eu conhecia Louise bem o suficiente pra saber que não era só isso.
— Tem mais alguma coisa aí que eu sei… — Parei o que estava fazendo pra olhar pra ela.
— Tiago foi me procurar hoje… — Ela sentou na cadeira mais próxima.
— Aquele infeliz… Assim? Do nada? — Deixei meu queixo cair rapidamente.
— Sim. Chegou lá como um cliente e pediu pra falar comigo. — Os olhos de Louise já estavam cheios de lágrimas.
Eu me agachei na frente dela e segurei suas mãos.
— Eu pensei que tinha superado, Laura. Mas ver ele ali na minha frente, com um buquê de flores… Meu coração doeu, sabe? — Ela começou a chorar. Talvez o álcool estivesse ajudando a colocar as emoções pra fora.
— Lou, você superou. E muito bem. A questão é só que é a primeira vez