O quarto do hotel estava silencioso, mas a mente de Helena não. O cartão da Valmont Strategies repousava sobre a mesa como uma tentação. Paris. Nova York. Tóquio. Um mundo inteiro esperando por ela. Um mundo que não incluía Arthur.
Ela estava sentada na poltrona, vestida com uma camisa branca e os cabelos soltos, observando a cidade pela janela. Londres parecia mais fria naquela manhã. Ou talvez fosse ela que estivesse mais vulnerável.
Arthur saiu do banho, com uma toalha na cintura e o olhar atento.
— Você não dormiu.
— Não consegui.
Ele se aproximou, ajoelhando-se diante dela.
— Está pensando na proposta?
Helena assentiu.
— É tudo o que eu sempre quis. Reconhecimento. Liberdade. Impacto global.
Arthur segurou sua mão.
— E o que você quer agora?
Ela olhou para ele, os olhos ardendo.
— Eu quero tudo. Mas não sei se posso ter tudo.
Arthur se levantou, caminhando até a janela.
— Se você aceitar, eu vou entender. Mas não vou mentir: vai doer.
Helena se levantou também, indo até ele.
— E