O salão da conferência era imponente. Lustres de cristal pendiam sobre cabeças pensantes de todo o mundo corporativo. Helena observava o espaço do camarim, vestida em um conjunto azul-marinho elegante, com o cabelo preso em um coque firme e o coração batendo como se quisesse fugir.
Arthur estava ao seu lado, ajustando a gravata, mas com os olhos fixos nela.
— Nervosa?
— Um pouco. Mas é mais do que isso. É como se eu estivesse prestes a atravessar uma porta que não sei se quero abrir.
Arthur se aproximou, tocando levemente sua cintura.
— Então abre devagar. E se não gostar do que vê... volta. Eu estarei aqui.
Helena sorriu, mas havia algo dentro dela que não se acalmava. A presença de Isadora na plateia, os olhares estrangeiros, o peso do próprio nome — mesmo sem o sobrenome — tudo parecia maior do que ela.
Mas quando seu nome foi anunciado, ela respirou fundo e subiu ao palco.
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O microfone estava frio. As luzes, quentes. Helena olhou para a plateia e viu rostos atentos, curiosos, c