Voltar pra casa depois da viagem com Luma foi diferente. Não teve aquele peso de “voltar pra realidade”. Teve calma. Teve silêncio bom. Teve espaço.
Abri a janela, deixei o sol entrar, fiz café sem pressa. E pela primeira vez em muito tempo, não senti falta de nada. Nem de ninguém.
Só senti... eu.
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A rotina voltou aos poucos. Instituto, textos, encontros. Mas agora, tudo parecia mais leve. Como se eu tivesse tirado uma mochila invisível das costas.
Não era que tudo tava resolvido. Mas eu tava mais presente. Mais aqui. Mais minha.
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Luma me mandou mensagem:
— Tá viva?
— Tô. E pela primeira vez, vivendo de verdade.
Ela respondeu com um coração e um “te amo, sua doida”.
E eu sorri. Porque amizade é isso. É saber que tem alguém que te vê mesmo quando você não sabe quem é.
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Hoje, sentei com minha mãe no fim da tarde. A gente ficou em silêncio, tomando chá. E ela disse:
— Você tá diferente.
— Tô mais aqui — respondi.
Ela sorriu. E eu senti que ela entendeu.
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Escrevi no meu cadern